Boletim BRICS #04 - BRICS prioriza combate às desigualdades para reduzir vulnerabilidades
Sob a presidência brasileira, o grupo avança em estratégias inclusivas para gestão de desastres, com foco em prevenção e sistemas de alerta precoce. Financiamento climático e parcerias globais são desafios centrais. Ouça a reportagem e saiba mais.
Por Inez Mustafa | inez.mustafa@presidencia.gov.br
Repórter: Sob a presidência brasileira, a primeira reunião do Grupo de Trabalho sobre Gestão de Desastres do BRICS destacou o combate às desigualdades como eixo central para reduzir as vulnerabilidades. O encontro também enfatizou a importância do processo participativo para a prevenção de risco e na construção de estratégias inclusivas.
Conforme destacou o secretário nacional de periferias do Ministério das Cidades, Guilherme Simões, um dos principais desafios do grupo é conectar as desigualdades sociais às vulnerabilidades climáticas, buscando parcerias e mecanismos de financiamento para efetivar essas prioridades.
Guilherme Simões: O presidente Lula, no âmbito do G20, trouxe a proposição de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. No nosso modo de entender, modo de entender do governo brasileiro, é que essa abordagem é a abordagem necessária e transversal à pauta. Isso tem sido incorporado pelos países. A gente percebeu, nessa primeira reunião, que essa concepção é uma concepção a ser adotada por todos os países.
Repórter: Wolnei Wolff, secretário nacional de proteção e defesa civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDIR), destacou o programa Defesa Civil Alerta, sistema que envia mensagens de texto para celulares em áreas de risco de desastres naturais. Ele enfatizou que o presidente Lula tem elevado essa bandeira do financiamento climático nos fóruns internacionais.
Wolnei Wolff: O ano passado, assim, foi um grande desafio, mas também uma grande experiência ao governo brasileiro ser a presidência pro-tempore do G20.
Dentro do grupo de redução de risco de desastres, que também é um grupo novo, a gente conseguiu influir nessa declaração e colocar o que é muito importante para o governo brasileiro, que é a questão do combate à desigualdade para reduzir vulnerabilidades. Esse ano o governo brasileiro ainda começou a implantar nas regiões sul e sudeste do Brasil o sistema Cell Broadcasting, de alerta a essas populações.
Repórter: O secretário Guilherme Simões concluiu dizendo que o BRICS possuir um banco próprio é fundamental para estimular o uso de recursos de investimentos dos Estados nacionais nas políticas de gestão de risco, especialmente relacionadas à prevenção.