Fé na moçada: conheça quem coordena a 11º Cúpula de Juventude do BRICS
Revitalizar o multilateralismo também passa, como cantou Gonzaguinha, por “acreditar na rapaziada”. Neste espírito é que, nos dias 9 e 10 de junho, as juventudes do Sul Global irão se reunir em Brasília, em evento coordenado por uma delegação brasileira que “não foge da fera e enfrenta o leão”

O protagonismo juvenil revigora os debates e promove sociedades mais participativas, inclusivas e plurais. Esta é uma certeza aos países do BRICS, grupo que, na próxima semana (9 e 10), promove a 11º Cúpula de Juventude, em Brasília (DF)
A coordenação brasileira será composta por nove nomes (Presidência, Coordenação executiva e Delegados), que se somam aos convidados-observadores eleitos durante a etapa de seminários regionais na empreitada de, pela primeira vez, congregar formalmente, e com finalidade deliberativa, as juventudes dos países do Sul Global após a expansão do grupo.
Levando em conta a composição plena que durou quatorze anos (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o aumento de países, membros e parceiros, implicados formalmente nos objetivos de cooperação do Sul Global é de 300%.
Conheça quem irá coordenar o processo, e suas visões sobre o papel da juventude do Sul Global na revitalização do multilateralismo:

Ronald Sorriso
(Presidência)
“Somos o maior contingente de jovens que habitam o planeta, oriundos de países em desenvolvimento que podem ditar um novo ritmo na governança global, um ritmo mais inclusivo, democrático e plural. A partir das nossas perspectivas, temos condições de construir um futuro sustentável e de paz para esse planeta”, coloca o secretário nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR).

Matheus Diniz (Coordenador executivo)
“É nossa missão construir relações sólidas entre as juventudes dos países do Sul Global, visando a paz, o respeito, a autodeterminação dos povos, a soberania das nações, o desenvolvimento sustentável com justiça social e a defesa do meio ambiente, tendo esses elementos como basilares em uma profunda reforma do sistema de governança global”, define o secretário-executivo do Conselho Nacional de Juventude.

Maynara Nafe
(Delegação)
É palestina-brasileira, Secretária de Relações Institucionais da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL) e Diretora de Políticas Educacionais da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Bruna Brelaz
(Presidência)
“Ao ocupar espaços multilaterais, como o BRICS, por exemplo, levamos perspectivas que confrontam o desequilíbrio de poder global e propõem alternativas centradas na paz, na defesa das juventudes, na sustentabilidade e na autodeterminação dos povos. Nosso papel é tensionar estruturas obsoletas, ampliar as vozes que foram historicamente silenciadas e construir alianças que façam do multilateralismo uma ferramenta efetiva de transformação global”, destaca a presidenta do Conselho Nacional de Juventude

Henrique Domingues
(Delegação)
Mestre com honras em Comércio Internacional pela Universidade Estatal de Economia de São Petersburgo; Vice-chefe do Fórum Internacional dos Municípios BRICS; Especialista e palestrante internacional em Integração Econômica e Arquitetura Financeira Internacional.

Laís Vitória
(Delegação)
É mestranda em Design da Informação na Universidade de Brasília (UnB), assessora técnica do estado do Maranhão na área internacional, com foco em projetos educacionais para escolas públicas.

Nilson Florentino Júnior
(Coordenador executivo)
“Acredito que a atuação das juventudes do Sul Global é muito importante para ampliação da governança global das políticas de juventude, mas não somente. Também para garantir o fortalecimento das pautas comuns, como a institucionalização dos fóruns de participação social, da permanente luta pela paz e também ações enérgicas em relação à mudança do clima. A presidência brasileira de juventude está conectada com estes temas”, diz o diretor de Políticas Públicas Transversais de Juventude da Secretaria Nacional de Juventude da SGPR.

Julia Aguiar
(Delegação)
Coordenação Nacional do Levante Popular da Juventude. É formada em Ciências Sociais e atualmente estuda Direito. É integrante da coordenação da Escola Nacional Paulo Freire, instituição de formação política para as juventudes das periferias no Brasil.

Luiza Calvette Costa
(Delegação)
Cientista política e mestre em Estudos Latino-Americanos, pesquisa o Estado na América Latina. É diretora-geral do Centro de Integração e Cooperação entre Rússia e América Latina no Brasil (CICRAL) e integra o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz).