Mapeamento de conectividade pode contribuir para a elaboração de políticas públicas
Primeira reunião do GT de Tecnologia da Informação e Comunicação do BRICS apresenta as quatro prioridades sob a presidência brasileira que são a conectividade universal e significativa; sustentabilidade espacial; sustentabilidade ambiental e ecossistema digital. O grupo fará um mapeamento de conectividade significativa para o BRICS

Por Thayara Martins | thayara.martins@presidencia.gov.br
Criar um mapeamento de conectividade significativo para o BRICS e preparar um relatório de status sobre métricas de conectividade significativas são algumas das entregas previstas pelo grupo de trabalho de Tecnologia da Informação e Comunicação do BRICS. A primeira reunião do grupo, realizada por videoconferência, aconteceu nesta sexta-feira (7/3) e contou com a participação de representantes de nove países e de organismos internacionais. O GT apresentou as quatro prioridades sob a presidência brasileira que são a conectividade universal e significativa; sustentabilidade espacial; sustentabilidade ambiental e ecossistema digital.

Segundo o diretor da Política Setorial da Secretaria de Telecomunicações do Ministério das Comunicações (MCom), William Zambelli, as prioridades foram bem recebidas pelos membros porque são temas globais de grande importância para todos os países envolvidos. “Essa primeira reunião foi excelente, do nosso ponto de vista, e queremos unir esforços de forma multilateral para superarmos desafios globais”, afirmou William Zambelli.
O chefe da divisão de Temas Digitais do Itamaraty, Marcelo Martinez, ressaltou que com esse mapeamento de conectividade o objetivo é medir o avanço dos países nessa questão. “O que se quer, na verdade, é a partir de trabalhos já realizados e esforços de levantamento de dados, inclusive da própria União Internacional de Telecomunicações (UIT), que é parceira de conhecimento desse trabalho, é mensurar como que os países do BRICS já caminharam e o que já se foi logrado na busca de conectividade significativa para toda a população”.
De acordo com Marcelo Martinez, o mapeamento pode servir de insumo para elaboração de políticas públicas que possam resolver problemas de conectividade. Ele citou o caso do Brasil onde em torno de 90% dos domicílios estão conectados à internet, mas as estatísticas sobre a conectividade significativa da população brasileira revelam brechas de gênero, por exemplo. “Então, ou seja, é uma orientação justamente de quanto ainda há para se fazer para prover um serviço nas condições que almejamos de fato para toda a população brasileira”, disse Marcelo Martinez.
Além do mapeamento, o grupo também deverá entregar um diagnóstico das estruturas de governança nacional no BRICS para o Ecossistema Digital. Bem como, organizar um seminário sobre "Ação Digital Verde do BRICS" durante a COP 30 em Belém, no Pará.