BOLETIM DE RÁDIO BRICS BRASIL

Boletim BRICS Brasil #46 - Secretário do OIJ defende que jovens ocupem mais espaços e liderem debates no BRICS

Em 2024, Alexandre Pupo tornou-se o 1º brasileiro secretário-geral do OIJ. Na Cúpula da Juventude do BRICS, defendeu o protagonismo das lideranças jovens e cooperação Sul-Sul por um futuro inclusivo e sustentável. Confira a entrevista exclusiva com Alexandre Pupo.

Alexandre Pupo é o primeiro brasileiro a coordenar o Organismo Internacional de Juventude - Foto: Rafa Neddermeyer/Brics Brasil:
Alexandre Pupo é o primeiro brasileiro a coordenar o Organismo Internacional de Juventude - Foto: Rafa Neddermeyer/Brics Brasil:

Reportagem: Franciéli Barcellos de Moraes / BRICS Brasil
Locução: Inez Mustafa / BRICS Brasil

Repórter: Em 2024, o brasileiro Alexandre Pupo fez história ao ser eleito secretário-geral do Organismo Internacional de Juventude para Ibero-América (OIJ). É a primeira vez que um brasileiro assume esse cargo, representando 21 países, incluindo parceiros do BRICS como Bolívia e Cuba. Pupo conversou com a equipe de comunicação do site do BRICS Brasil, durante a Cúpula da Juventude do grupo  realizada em Brasília (DF).

O secretário Pupo destacou a Nova Agenda de Juventude, defendendo que os jovens não só ocupem espaços, mas liderem debates e construam fóruns próprios. Para ele, a cooperação Sul-Sul é estratégica para soluções globais mais inclusivas. Confira os destaques da entrevista.  

Repórter: Pupo, como o Organismo Internacional de Juventude se alinha ao BRICS?

Alexandre Pupo: A verdade é que há muitas sinergias, a comunidade ibero-americana é composta por países principalmente em desenvolvimento. Então, há muito que une essa juventude do Sul Global, seja na América Latina, na América Ibérica, seja no resto do mundo, organizado pelo BRICS. 

Repórter: E qual é a demanda que unifica esses jovens?

Alexandre Pupo: Eu acho que isso fica bem resumido por aquela ideia que a juventude quer ter futuro. Há, por um lado, elementos socioeconômicos, da crise de acesso ao trabalho, de outro, uma incapacidade de projetar esse futuro diante da crise climática, diante dos desafios da digitalização e da inteligência artificial. 

Repórter: Mas como garantir que os jovens não só estejam sentados à mesa, mas também decidam de fato?

Alexandre Pupo: Eu acho que a gente começou essa luta, pelos lugares da juventude, falando muito em cotas. A juventude tem que ter cotas nas direções dos sindicatos, nas direções partidárias, a juventude tem que ter um lugar à mesa. Ter a juventude à mesa é a garantia de que as novas gerações estão inteiradas dos debates. Mas isso não é suficiente, porque de que adianta ter a juventude à mesa para cumprir uma cena, para cumprir um protocolo, mas não poder ajudar a definir rumos na tomada de decisão. 

Repórter: Para ler a entrevista completa acesse brics.br