BOLETIM DE RÁDIO BRICS BRASIL

Boletim BRICS Brasil #45 - Em uma das maiores reuniões do ano, juventude do BRICS avança em temas de cooperação

Na Cúpula, com a participação de países membros e parceiros, a juventude assina Memorando, propõe abordagem geopolítica que considere inclusão geracional e reforça agenda comum com foco em soberania, diversidade e inovação. Ouça a reportagem e saiba mais.

Reportagem: Franciéli Barcellos de Moraes / francieli.moraes@presidencia.gov.br
Locução: Inez Mustafa | inez.mustafa@presidencia.gov.br

Repórter: A juventude do Sul Global está deixando claro: não basta estar presente, é preciso ser ouvida. Na 11ª Cúpula da Juventude do BRICS, realizada esta semana no Palácio do Itamaraty, ecoou em diversos idiomas a demanda por participação real nas decisões que moldam o mundo, para além das pautas de esporte, diversidade e cultura.

Para Ronald Sorriso, secretário nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência da República, a renovação do multilateralismo passa não apenas por mudanças estruturais, como o fortalecimento das agendas do BRICS, mas também por uma profunda transformação geracional.

Ronald Sorriso: A gente tem no Sul Global o maior percentual de jovens em termos absolutos no planeta. Isso significa que o futuro do planeta a ser construído, no presente, é feito pelas mãos dos jovens, em especial da juventude do Sul Global. E o BRICS é esse grupo que representa esses países e que pode promover, com sua inventividade, sua criatividade, seu inconformismo, uma forma diferente de ver as coisas e ver o mundo.

Repórter: Como fruto dessa integração, os países do BRICS assinaram o “Memorando de Entendimento sobre Cooperação em Assuntos da Juventude”, que promove a ação climática, o fortalecimento de redes de cooperação e o incentivo à participação ativa da juventude em políticas públicas.

A representante da Nigéria, Debora John, do Ministério Federal de Desenvolvimento da Juventude, reforçou a importância de romper a ideia de que governança é espaço exclusivo de gerações mais velhas.

Debora John: Nossa singularidade e diversidade, como Sul Global, são extremamente ricas e podem contribuir com muitas coisas, como a soberania cognitiva. Nosso papel é olhar para dentro, para o que temos e para o que podemos melhorar, para fortalecer áreas como a educação, a inovação.

Repórter: O indiano Nitesh Mishra, do Ministério dos Assuntos da Juventude e Esportes, completou o coro, dizendo a juventude quer estar onde se decide o futuro — e quer participar ativamente dessas decisões.

Nitesh Mishra: Os jovens são as pessoas que irão definir o futuro. Quando se fala de Sul Global, as juventudes percebem que enfrentam o mesmo problema e são estes que darão a solução a estas questões

Repórter: Da criatividade ao inconformismo, a juventude do Sul Global mostra que está pronta. E quer ser levada a sério — não como símbolo, mas como sujeito de transformação