Brasília receberá Cúpula da Juventude do BRICS em junho
Fortalecer a Cúpula da Juventude está entre as prioridades da presidência brasileira do grupo neste ano. Para além, pautas alinhadas aos eixos centrais do BRICS Brasil também englobam as discussões dos jovens dos países-membros
Por Franciéli Barcellos de Moraes | francieli.moraes@presidencia.gov.br
Encerrou hoje (18) o primeiro ciclo de reuniões de juventude sob a presidência brasileira do BRICS. Além do acordo entre os países nos eixos propostos pela coordenação nacional, um anúncio importante foi realizado: a data da Cúpula de Juventude do BRICS, que ocorrerá nos dias 9 e 10 de junho em Brasília (DF), cerca de um mês antes da Cúpula de Líderes, no Rio de Janeiro (RJ).
"A dinâmica com a qual trabalhamos na juventude é que a verdadeira integração, para além da diplomacia, precisa se dar entre as sociedades"
Fortalecer a Cúpula da Juventude como um fórum fundamental aos jovens do Sul Global é uma das prioridades neste ano, em que se celebra uma década da formalização dos debates de juventude na agenda do agrupamento de cooperação. Dentro das estratégias para repercussão das temáticas, a população jovem do país será convidada a participar do processo por meio de encontros nos estados. Durante a presidência brasileira do G20 no ano passado, o Youth 20 obteve êxito em dinâmica similar, a partir dos Diálogos Regionais.
“Nós faremos reuniões regionais para debater os temas e incentivamos os outros países a fazer também, para que em junho a gente tenha um caldo muito efervescente de produção da juventude brasileira e dos países que compõem esse grupo, para a gente chegar num relatório, numa declaração final robusta, que contribua para os objetivos que o Brasil apresenta”, declarou Ronald Sorriso, secretário nacional de Juventude, que recordou a experiência bem sucedida de participação da sociedade civil no G20 Social no último ano, sob coordenação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR), Márcio Macedo.
Incorporar questões da juventude nas discussões sobre desenvolvimento, industrialização, sustentabilidade e governança global; avançar propostas de financiamento conjunto para políticas de juventude; expandir o intercâmbio das melhores práticas e aumentar a participação social nas discussões relacionadas com a juventude no BRICS também são temas em destaque na agenda brasileira.
Sobre a reunião, o secretário nacional salientou a congruência dos participantes por agendas de cooperação. “A gente teve uma reunião muito profícua com a participação, basicamente, de todos os países, que puderam trazer suas contribuições, inaugurando esse espaço que, para além da reunião técnica, é o Conselho de Juventude do BRICS, que vai reunir governo, autoridades de juventude e sociedade civil para intercambiar objetivos comuns entre esses países e avançar na integração real. A dinâmica com a qual trabalhamos na juventude é que a verdadeira integração, para além da diplomacia, precisa se dar entre as sociedades”, colocou ele.
No BRICS, a juventude participa por meio de reuniões técnicas, reunião ministerial e atuação no Conselho de Juventude, fundado em 2023 sob a presidência sul-africana. No Conselho, os temas estão dispostos da seguinte forma entre os países a que se refere a sigla: Saúde e Esportes (Brasil); Educação, Ciência e Treinamento (Rússia); Empreendedorismo Jovem (Índia); Ciência, Tecnologia e Inovação (China); Serviço Social e Voluntariado (África do Sul).
A coordenação é da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) da Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR), junto ao Conselho Nacional de Juventude (Conjuve). A presidenta do Conselho, Bruna Brelaz, acompanhou as reuniões nesta segunda (17) e terça-feira (18).